segunda-feira, 5 de outubro de 2009

TRABALHANDO COM A CHARGE


INTRODUÇÃO


                            Se considerarmos a atual situação, onde prima-se pela diversidade de leituras, em alguns casos, como jornais, revistas e mesmo a internet, a charge é uma forma de se buscar a atenção, ou mesmo curiosidade, do leitor, utilizando a imagem com fins especiais e definidos pelo seu autor. Questiona-se: quais as características principais das charges e como ela produz seus efeitos de sentido?

                
Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Muito utilizadas em críticas políticas no Brasil. Apesar de ser confundido com cartoon (ou cartum), que é uma palavra de origem inglesa, é considerado como algo totalmente diferente, pois ao contrário da charge, que sempre é uma crítica contundente, o cartoon retrata situações mais corriqueiras do dia-a-dia da sociedade.
Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social onde o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender uma charge não precisa ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar por dentro do que acontece ao seu redor. A charge tem um alcance maior do que um editorial, por exemplo, por isso a charge, como desenho crítico, é temida pelos poderosos. Não é à toa que quando se estabelece censura em algum país, a charge é o primeiro alvo dos censores. (WIKIPÉDIA)
                  Com relação as dificuldades encontradas para ensinar a gramática, somente texto, ou gramática através do texto, muitas vezes, por comodidade prefere-se trabalhar com o tradicional. Por outro lado, espera-se dar destaque a um ensino mais consciente dos objetivos da linguagem, onde o professor, o aluno e as famílias sintam-se seguros nas escolas, sem magia.


                  Desta forma, colocar o aluno em contato com a linguagem formal, informal e literária também através dos textos verbais e não-verbais, ele sai do tradicional e entra em contato não apenas com a leitura da palavra escrita, mas com o universo seu meio, com o mundo, pois a leitura não esta somente nos livros. A leitura está no olhar e avaliar alguém que passa por nós, nas nossas ações e reações, lemos olhares, somos convencidos por outdoors, percebemos o mundo por meio de múltiplas leituras.
                Não precisa selecionar ou afastar a gramática de texto do aluno, mas dar novo sentido ao estudo, trabalhar com mais sensibilidade e fiel análise de objetivos em um ambiente de trocas entre professor e aluno na sala de aula.
                É sempre um desafio trabalhar textos em sala de aula. O interessante é diversificar para individualizar e  explorar o que há de diferente na ciência das letras. Não há uma receita pronta, no entanto, existem tentativas de acerto no trabalho com textos. Na leitura de charges pode-se aplicar, como diz Koch, a “metáfora do iceberg: como este, todo texto possui apenas uma pequena superfície exposta e uma imensa área imersa subjacente”. O que importa é revelar “um jogo de linguagem”, ou seja, a heterogeneidade da charge, tudo que ela suporta explícita ou implicitamente, o que ela fala ou deixa de falar.


             Na charge a “intenção” é objetivo do chargista e do leitor, levando a questionar “O que ele quis dizer com isso?”, o que comprova que esse texto não é neutro e não se preocupa com a censura. Koch (2003, p. 20) comenta que
A pretensa neutralidade de alguns discursos (o científico, o didático, entre outros) é apenas uma máscara, uma forma de representação (teatral): o locutor se representa no texto “como se” fosse neutro, “como se” não tivesse engajado, comprometido, “como se” não estivesse tentando orientar o outro para determinadas conclusões, no sentido de obter dele determinados comportamentos e reações.
              A coerência na charge está nos elementos que façam com que o leitor encontre sentidos possíveis em sua leitura, nem sempre eles oferecerão a captação dos mesmos sentidos na mesma ordem. A direção que o leitor aplica a sua interpretação do texto não precisa ser necessariamente coerente.



OBJETIVOS


                Oferecer objetivos específicos de leitura ao aluno para a leitura de um texto é proporcionar que ele saiba o “para quê” e o “porquê” ler um texto. (GERALDI, 1991). Desenvolver sua percepção das múltiplas possibilidades de expressão lingüística e sua capacitação como leitor e co-leitor dos mais variados gêneros textuais representativos de nossa cultura, formando leitores críticos com o olhar direcionado para a leitura do mundo e aberto a conhecer e a suscitar um pensamento crítico e criativo em relação às leituras realizadas.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS


• Saber o que se aborda sobre um assunto na atualidade, localizando no jornal;
• Despertar o gosto pela leitura;
• Desenvolver o hábito da leitura;
• Propiciar aos alunos o contato com textos diversificados;
• Desenvolver a competência de produzir bons textos a partir da prática da leitura; Valorizar a leitura como fonte de informação;
• Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas;
• Identificar aspectos relevantes no texto compondo-os de forma coerente, a partir de textos oriundos de diferentes fontes.



ESTRATÉGIAS


  • Descrição das charges, com o máximo de detalhamento possível.
  • Qual a importância das ilustrações nas charges?
  • Qual a importância da escrita nas charges?
  • Qual o objetivo das charges para vocês?
  • Você considera as charges um texto? Explique.
  • Todos os componentes do grupo interpretaram as charges da mesma forma? Todos entenderam a mesma coisa?


APLICATIVO

           Para iniciar com os alunos a leitura das charges produzidas pelo jornal A Semana, convidamos a chargista Karissa para uma palestra na escola.

Na ocasião, além dela explicar como ela produz suas charges ao jornal, de onde partem as idéias, foi explicado o que é e para que serve a charge. Explicou ainda, a diferença entre charge e tira.


Os alunos participaram através de muitas perguntas e respostas e ao final, produziram sua própria charge.

EM SALA DE AULA


A produção das charges em sala de aula surpreenderam no quisito criatividade. As crianças adoraram o tema: PRIMAVERA, trabalharam com muitas cores, utilizando frases divertidas em suas ilustrações.
Alguns trabalho realizados com os alunos do 1º ano e 2º anos do Ensino Fundamental:


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